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Rindo.
- do que você está rindo? –
- ora, nada. É proibido ri agora?
- Você é… Nossa garota! Você me tira do serio! – cenho franzido, desvia o olhar.
- É engraçado que mesmo sendo perceptível, você não consegue dizer…
- Dizer o quê?
(silêncio)
- Nada, não é nada seu idiota.
- Ah, ótimo, agora eu que sou o idiota – sorriso irônico.
- É o que você é.
- E você? O que você é pra falar comigo desse jeito?
- Diga-me você o que eu sou – rebati.
- Você… -gagueja
- Eu..?
- Você é o tipo de garota… – olhos fixos, penetrantes, sugadores.
- Não precisa continuar, já entendi. – dou as costas, sufocada, desmanchando.
- O pior tipo de garota… - ele continua segura meu braço,respiro fundo.
- Cala essa boca! Eu não quero ouvir o que você tem pra dizer! – viro, empurro-o, não saio do lugar, suas mãos agora estão em meus braços, mantendo-me
- A verdade não pode ser assim tão ruim certo? – ele sorri cruel. Coração dispara, evito aquele olhar.
- Errado.
- Olha pra mim.
- Não
- Olha agora
- Cai fora
- Você não vai olhar?
- Não
- Era o que eu esperava – mãos quentes, macias, extremamentes cuidadosas levantam meu rosto, tento resistir, ainda evitando o olhar.
- Por que você é tão teimosa? – ele sorri os olhos cerrando-se em pequenas fendas, fendas brilhantes. Tenho dificuldade em respirar.
- Por que você é tão irritante? – rebato. A proximidade entre nossos corpos quase inexistente.
- Por que sei que você gosta.
(risadas) 
- Estou pensando em te beijar agora – diz ele repentinamente, congelo.
- Estou pensando em te chutar se você fizer isso – minto, ele sorri, olhos tranqüilos e invasores da alma.
- E quanto à antes… O pior tipo de garota..- começo irritada, sou interrompida, com um dedo em meus lábios.
- Sim. O pior tipo de garota, aquela que não me dá escapatória, que não me deixa nenhuma escolha, que me deixa perdidamente apaixonado. Você é esse raro e único tipo de mulher, o tipo que eu quero. Aquela que me bate sem razão aparente, aquela que ri repentinamente, e alias você deveria fazer isso mais vezes, é algo encantador de se ver. Também é aquela que guarda os sentimentos, tenta evitar ao máximo demonstrar o que sente, aquela que fala tão alto em seus silencio, assim como através de um olhar diz o que poucos entendem. Cheias de barreiras, medo de angustias, de sofrer, fechada do mundo. Mas, no entanto eu posso ver através de você, através de tudo isso – afaga meu rosto, e desta vez o nosso olhar se encontra. Há algo terno ali, aconchegante, como em um dia de chuva em que você entra em casa, pega uma xícara de chocolate quente e senta ao pé da lareira.
- Não posso entender como você pode dizer todas essas coisas…
(silencio)
- Você disse que era perceptível, e não é?
- O quê? –
- Que eu amo você.
- Mas… Por quê?
- Por que não conheço uma maneira de não amar– Ele me abraça, sinto seu cheiro penetrando meus poros, Será que eu estava sonhando?
- Ainda vai me chutar?
- O quê? Não! Eu nunca faria isso!
- Foi o que você disse 2 minutos atrás– ele ri, beijando meu cabelo.
- Ainda está pensando em me beijar como há 2 minutos também?
- Eu não paro de pensar nisso – então, lentamente nossos lábios se encontraram, sim, foi naquele momento que eu percebi que definitivamente não estava sonhando.

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